terça-feira, 1 de julho de 2014

"O modelo dos modelos"

Porque um modelo? Modelo, onde todos possam se encaixar? Podendo, somente, estar dentro dos parâmetros estabelecidos pelo modelo? Nada fora da linha, tudo perfeito?  Para Italo Calvino em “O modelo dos modelos” onde fala sobre um modelo perfeito, onde tudo se encaixa e se não houvesse a coincidência entre as partes, eram corrigidas.
 Assim, como quando chega um sujeito com deficiência, onde se parte a observar as partes sem ver o todo. Quando só há a visão do que o indivíduo não consegue realizar e não no que pode oferecer.
E quando o senhor Palomar, segundo Calvino, foi modificando as regras, criando modelos e mais modelos, para que a adaptação em um deles fosse possível. Chegando ao ponto de apagar todos os modelos e também os modelos dos modelos.  Levando ao entendimento que não se pode partir de um modelo pré-establecido, de uma fórmula pronta para o estudo e construção de um trabalho científico. Quando se estuda o atendimento especializado em que há uma gama de especificidades, precisa-se partir do que o sujeito tem a oferecer, antes de deter na deficiência e na incapacidade.

O sujeito é o ser autônomo de sua aprendizagem e tem o direito de contribuir com o que é capaz de realizar.