Porque um modelo? Modelo, onde
todos possam se encaixar? Podendo, somente, estar dentro dos parâmetros estabelecidos
pelo modelo? Nada fora da linha, tudo perfeito?
Para Italo Calvino em “O modelo dos modelos” onde fala sobre um modelo
perfeito, onde tudo se encaixa e se não houvesse a coincidência entre as
partes, eram corrigidas.
Assim, como quando chega um sujeito com deficiência,
onde se parte a observar as partes sem ver o todo. Quando só há a visão do que
o indivíduo não consegue realizar e não no que pode oferecer.
E quando o senhor Palomar,
segundo Calvino, foi modificando as regras, criando modelos e mais modelos,
para que a adaptação em um deles fosse possível. Chegando ao ponto de apagar
todos os modelos e também os modelos dos modelos. Levando ao entendimento que não se pode
partir de um modelo pré-establecido, de uma fórmula pronta para o estudo e construção
de um trabalho científico. Quando se estuda o atendimento especializado em que
há uma gama de especificidades, precisa-se partir do que o sujeito tem a
oferecer, antes de deter na deficiência e na incapacidade.
O sujeito é o ser autônomo de
sua aprendizagem e tem o direito de contribuir com o que é capaz de realizar.